A falta de dinheiro para empreender me tornou mais criativo
Empreender sem recursos é desafiador, mas também pode ser a melhor escola de criatividade.
Lembro bem de 2011, quando comecei a EcoBike Courier, que depois se tornou a maior empresa de entregas sustentáveis do Brasil. No início, porém, não tinha nada de glamour—apenas R$ 10 mil emprestados, muito trabalho e um sonho. E, para piorar, eu nunca tinha empreendido antes. Na verdade, eu era um programador que não gostava muito de pessoas e odiava programar. 😆
Mas vamos ao ponto. Um dos diferenciais da EcoBike sempre foi a qualidade na prestação de serviço, e isso incluía desde o atendimento até o uniforme dos nossos colaboradores. Só que havia um problema: cada uniforme custava cerca de R$ 800 por pessoa e precisávamos fornecer pelo menos dois jogos por ciclista. Com o desgaste natural, isso representava um custo altíssimo todo ano. Eu simplesmente não tinha dinheiro para bancar isso.
Foi aí que percebi que empreender na escassez exige um nível de criatividade que o dinheiro muitas vezes "anestesia".
Eu pensei: nossos ciclistas estão o dia todo nas ruas, em alta visibilidade. Além disso, aparecíamos na mídia local e nacional com frequência. Então, sem saber nem o que era um "Media Kit", criei um e comecei a oferecer patrocínio de uniformes para nossos clientes nacionais. Em troca, a marca deles ganhava exposição e, toda vez que saíamos na mídia, eu enviava a reportagem para eles, justificando o investimento.
Resultado? Três anos de uniformes 100% pagos por patrocinadores, sem gastar um real do meu bolso.
Quando não se tem dinheiro para empreender, o risco e a criatividade caminham juntos. Afinal, os problemas vão aparecer de qualquer jeito—cabe a você resolvê-los com o seu dinheiro ou com o dinheiro dos outros.
Agora quero saber: qual foi a solução mais criativa que você já encontrou para um problema? 💡👇